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Wow, faz tempo que eu não posto nada aqui.
Eu estive trabalhando em outros projetos, e com a minha falta de tempo, é dificil não ter que abandonar um ou outro de vez em quando.
Mas hoje, bom, hoje eu meio que preciso desabafar.
Estive pensando bastante sobre cicatrizes.
Sobre a melhor maneira de curar cicatrizes.
Eu sempre fui do tipo que precisava de alguém para me curar.
Mas então, essa pessoa acabava partindo, e deixando cicatrizes mais profundas do que as que ele curou.
Esse é um ciclo ingrato.
No final do dia, você tem o coração remendado com fita adesiva de todas as cores. Cada um tenta fazer um bom trabalho, mas no final, você sabe que qualquer movimento brusco vai fazer tudo desmoronar.
E então, quando isso acontecer, como colocar tudo junto de novo?
Antigamente, eu tinha a resposta para essa pergunta:
Alguém. Alguém que não viria com fita crepe e um plano de fuga.
Alguém que chegaria com carinho, que colocaria tudo de volta no lugar, lentamente. Porque é isso que o amor faz.
O amor nos concerta.
Mas agora...
Agora eu já não consigo mais acreditar nisso.
A cada aproximação, eu não penso que tudo poderia ser concertado.
Eu penso em como lidaria com a dor no final.
E então, eu não tento mais.
Eu prefiro lidar com uma dor antiga.
É menos doloroso que aprender a conviver com uma nova dor.